Megabytes, Gigabytes, hiperlink... Você sabe o que significam essas palavras?
Se você não sabe, nunca ouviu falar, você está por fora, desatualizado, está precisando de um Upgrade!
Um dos canais mais inteligentes de informação cresce a cada dia e alcança um número cada vez maior de adeptos. A internet revolucionou o jornalismo, a possibilidade de obter a informação direto da fonte, sem intermediários, torna-se cada dia mais forte. Conscientes do poder dessa ferramenta as grandes empresas de comunicação passaram por um processo de digitalização para encarar esse novo mercado. Jornais, revistas, emissoras de tv e rádio criaram suas interfaces na internet para não ficarem para trás no mundo virtual.
A internet já alcançou um quinto da população mundial e está presente no dia-a-dia de seus usuários. Hoje as pessoas namoram, casam, separam, estudam, trabalham, fazem compras e se informam pela rede. Essa nova tecnologia foi aceita e transformou o mundo em um curto espaço de tempo. A mudança alterou definitivamente o comportamento dos seres humanos. Faça os planos que quiser para sua vida pessoal e profissional, mas saiba que, de uma forma ou de outra, a Internet estará cada vez mais presente.
O jornalismo, como qualquer outra área da sociedade, também sofre os impactos do crescimento da internet e já mostra mudanças significativas. O fortalecimento dos blog's é uma delas. O jornalismo “tomou um fôlego” com a “invasão” dos blog's, um espaço de livre expressão que despertou o interesse de jornalistas e não jornalistas. As grandes mídias trataram de garantir sua fatia do bolo e “logaram” seus articulistas, cronistas, escritores, colaboradores. Os mais famosos e os menos famosos também.
Segundo a mestre em Tecnologias Digitais e professora de Jornalismo Online da UNIBH de Belo Horizonte, Lorena Tarcia, a facilidade de publicação no blog é certamente um atrativo. Ela afirma que a liberdade de expressão é uma característica da rede , não só dos blog's. No entanto os sites mais acessados ainda são os tradicionais. “A informalidade dos blogs é um ambiente democrático, mas corre o risco de cair no vazio, e é com isso que contam a mídia tradicional e jornalistas”.
Quanto ao futuro dos blog's jornalísticos, Lorena acredita não ser possível fazer muitas previsões, “a internet está em fase de experimentação das possibilidades da rede e os blog's são parte disso”. Uma mudança que está acontecendo é a incorporação da multimídia aos blog's. Em termos tecnológicos, os recursos de realidade virtual, formação de redes por afinidades e o seu aproveitamento depende sempre dos usuários, que costumam surpreender até mesmo as empresas que disponibilizam as ferramentas.
Os blog's têm cumprido importante papel na abertura de canais de interatividade entre o leitor/ internauta e os jornalistas. Para a professora Lorena Tarcia, a tendência é uma maior participação, que pode transformar o webjornalismo em um diálogo, mais do que nos discursos típicos das grandes mídias. Lorena questiona a tomada dos blog's pelos webjornais como ferramenta de publicação com as amarras de grandes empresas. “Existem muitas opiniões, há quem diga que blog mesmo, legítimo, só existe fora do guarda-chuva de uma empresa jornalística”.
Para Lorena o blog funciona como um gerenciador de conteúdo, que dá independência aos jornalistas e a todos aqueles que têm acesso à tecnologia. A possibilidade de interatividade, resposta imediata do leitor e da formação de comunidades e webrings (redes de sociabilidade ambientadas nos weblog’s) também são fatores atrativos. As pessoas querem se expressar e a internet deu a elas a ferramenta ideal para colocarem a boca no mundo.
Na opinião de Lorena Tarcia, o melhor é explorar, navegar, surpreender-se com coisas boas e ruins, aprender a diferenciar. Ela indica um único site que considera a porta de entrada para a blogosfera: http://www.technorati.com/. “Basta digitar jornalismo, para iniciar a jornada entre as centenas de vozes blogjornalísticas existentes hoje na web em língua portuguesa”.
O jornalista, escritor e roteirista Ricardo Soares encara sua recente relação com os blog's, como um namoro gratificante e surpreendente. Ricardo já havia feito um blog para cobrar um ex- candidato a presidência por serviços prestados, logo depois ele resolveu criar outro blog com temas variados. “Resolvi não queimar boas velas com mau defunto”.
Desde agosto deste ano Ricardo expressa suas opiniões e debate com os internautas sobre comunicação, política, cinema, televisão e vários outros assuntos no seu blog http://todoprosa.blogspot.com . “Ainda é uma grande novidade pra mim. Navegar entre blog's e seus inúmeros links tem sido uma descoberta e tanto e isso me fez ficar mais tempo dentro da Internet do que antes”.
A interatividade aproximou os jornalistas/escritores dos seus leitores/internautas, essa relação se estreitou na rede, onde a comunicação é mais direta e passa por uma revolução difícil de ser percebida pelos que põem pouca atenção na internet. O jornalista acredita que será preciso um distanciamento histórico para que os usuários percebam que o século XXI e os recursos digitais provocaram uma mudança radical entre o emissor e o emissário da notícia.
Diante desta nova realidade em os blog's podem alcançar status de fonte de informações, um dos maiores jornais do Brasil fez acusações sobre a parcialidade e a falta de credibilidade nos blog's. Ricardo questiona a postura do jornal. “Não acredito em imparcialidade em jornalismo de nenhuma espécie, isso é uma falácia criada por teóricos. É justamente na diversidade de opiniões dos blog's que reside o seu maior encanto”.
Para Ricardo os leitores não estão interessados em grandes teses, a diversidade de opiniões é o que chama atenção, e dá IBOPE. Ele cita o pioneiro Ricardo Noblat pela falta de inovação de conteúdo, falta de tempero, de humor, de um diferencial. Ele acredita que o sucesso de alguns blog's está na ousadia. É um território com múltiplas possibilidades, com interação entre textos e imagens, links, a troca de opiniões com o leitor. Aponta os blog's de não jornalistas como os menos comprometidos com uma visão reducionista dos assuntos. “O jornalista de blog ainda faz blogagem olhando pra o próprio umbigo e para suas fontes. Por isso o que de melhor vejo nos blog's são justamente os não Jornalísticos que tem ousado mais, criado mais e se comportado mais como incendiários e não como bombeiros”.
O jornalista aponta infinitas perspectivas para comunicação na blogosfera, sem um compromisso formal com a grande mídia, o blogjornalista tem liberdade para se expressar e dar ao blog uma identidade com a sua cara, e cabe a ele decidir o que será ou não publicado, de acordo com suas convicções. Ricardo Soares acredita que o webjornalismo ainda procura os melhores caminhos para conviver com o impasse de ter ou não opinião. “Assis Chateaubriand que dizia que se jornalista queria ter opinião que comprasse um jornal só para si. Os blog's põe abaixo isso”.
Um comentário:
Muito bem!
Tu deves ter um professor em casa ... Não sei, mas é um palpite!
Gostei dos efeitos visuais!
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